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UM UBER DE MOTORISTAS SEM CARROS. VOCÊ UTILIZARIA ESSE SERVIÇO?

UM UBER DE MOTORISTAS SEM CARROS. VOCÊ UTILIZARIA ESSE SERVIÇO?


Há algum tempo, escrevi um outro artigo referente a uma moça que tomou uma atitude pra lá de empática! Uma jovem filipina chamada Cristina Tan percebeu que o taxista Rolando Sarusad, de 67 anos, estava exausto e sugeriu trocar de carro por segurança. Em vez disso, Cristina se ofereceu para dirigir o táxi, permitindo que ele descansasse no banco de trás. Ao final, recusou pagar apenas metade da corrida, como ele propôs, e ainda deixou uma gorjeta generosa, possibilitando que ele folgasse o restante do dia.



Eis que, dia desses, fui surpreendido com uma notícia, de certa forma, semelhante: A China cria uma alternativa inusitada ao Uber: um serviço chamado dàijià (代驾), que funciona como uma alternativa ao Uber, mas com uma diferença principal: o motorista solicitado dirige o carro do cliente, não o veículo dele.


Como funciona:

  • A pessoa solicita pelo app um motorista designado.

  • O motorista chega até onde o carro do cliente está, usando um patinete elétrico ou bicicleta compacta.

  • Ele guarda esse meio de transporte — dobra o patinete ou guarda a bicicleta — no porta-malas do carro do cliente.

  • Ao final da viagem, estaciona, retira o patinete ou bicicleta do porta-malas e volta para casa usando esse meio de transporte.

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Motivações e impactos:

  • O serviço é muito utilizado por pessoas que saíram para beber e querem voltar com seu próprio carro, sem dirigir alcoolizadas.

  • As leis de trânsito na China são rígidas quanto à condução sob efeito de álcool, com penalidades severas.

  • Desde sua implementação, esse tipo de uso parece ter contribuído para uma redução significativa em acidentes graves de trânsito.

  • Estatísticas do ministério de Segurança Pública do país mostram que os acidentes com três ou mais vítimas fatais caíram bastante (mais de 50%) num período em que o número de veículos motorizados e de motoristas cresceu bastante.


Mercado:

  • Esse tipo de serviço já existe há alguns anos na China.

  • Duas empresas dominam esse mercado: a e-Daijia, pioneira, com participação majoritária inicial; e a Didi Daijia, oferecida pela gigante Didi de ride-hailing.

  • A chegada da Didi ao mercado de motoristas designados (dirigindo carros alheios) impulsionou uma “guerra de preços”, beneficiando os usuários pelo custo mais baixo desse serviço.


Agora, imagine só se um serviço desses chegasse ao Brasil: o motorista viria de patinete, mas em vez de guardá-lo no porta-malas, jogaria junto também o dono do carro — afinal, por aqui a criatividade costuma ser aplicada principalmente à criminalidade. No fim das contas, talvez o problema não fosse dirigir o carro alheio, mas sim sobreviver ao país onde até uma boa ideia corre o risco de virar mais um golpe.



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