SOBRE CAFÉ, MÉTODO CIENTÍFICO E MUDANÇAS NO CTB
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SOBRE CAFÉ, MÉTODO CIENTÍFICO E MUDANÇAS NO CTB




Enquanto preparava meu café com leite batido de todas as manhãs, pensava “isso aqui é uma ciência!”. Após exatas oito colheres de chá de açúcar, meia colher de chá de café solúvel e três colheres de chá de água, bem batidas, completas com leite e levadas ao micro ondas por 2:30 minutos, as duas canecas de café com leite estarão prontas para serem deliciosamente degustadas, com a cremosidade e temperatura perfeitas. Pronto, entreguei minha receita…


No entanto, embora pareça simples, essa receita é resultado de anos e anos de experimentação. Após um longo processo de tentativas e erro que me custou diversas canecas de leite jogadas pelo ralo, fora a imensurável quantidade de açúcar e café solúvel desperdiçados quando a “experiência” não resultava como esperado. Isso me remete ao artigo TRÂNSITO: O EXPERIMENTO EM ETERNA FASE DE TESTES… escrito recentemente, onde eu abordo brevemente sobre o método científico e os resultados obtido pelos nossos “brilhantes cientistas” ultimamente.



Recentemente, temos observado uma série de propostas de modificações no CTB. É um tal de aprova, revoga, assina, cancela, marca, desmarca, remarca… assim como já abordei há algum tempo em O BODE NA SALA DA FAMÍLIA MERCOSUL. Fato que tem trazido bastante trabalho a especialistas da área de legislação de trânsito. Aos demais, menos afeiçoados à área como eu, resta vencer o desânimo de tentar se manter informado sobre as constantes mudanças e estudar, sob pena de passar vergonha, como me ocorreu nessa semana.



Durante uma conversa no pátio do condomínio com um vizinho que é motorista de aplicativo, ele me questionou sobre as futuras mudanças previstas para o CTB. Perguntou se já estavam valendo, pois teria viajado recentemente e relatou não ter visto mais pardais (controladores eletrônicos de velocidade), nem na estrada nem na cidade. Diante à minha cara de desentendido, ele completou perguntando se eu sabia se iam mesmo tirar os aparelhos ou não. Expliquei que as mudanças estavam previstas para entrarem em vigor a partir do mês de abril, embora eu não soubesse em detalhes cada uma das alterações. Felizmente ele compreendeu o meu desânimo em tentar acompanhar as constantes mudanças. Diante desse ocorrido e de um posterior convite que recebi para comentar as tais mudanças em uma live para motoristas, não tive alternativas, senão procurar estudar. Nesse sentido, se alguém ainda tem dúvidas sobre o assunto, sugiro esse didático artigo escrito pelo Portal do Trânsito.


Porém, salvo algumas raras exceções, a maioria das mudanças propostas ou implementadas ultimamente me parecem ainda não estarem embasadas em dados lá muito científicos. Muito pelo contrário, o que pauta nossas políticas de segurança no trânsito ainda parece ser o “prazer do condutor ao dirigir”. O que mais me preocupou nessa história toda não foi o fato do meu vizinho ter entendido, diante de alguma declaração aleatória dada pelo nosso excelentíssimo chefe de estado a respeito da retirada dos controladores, que esse projeto entraria em vigor no próximo mês de abril. O que me preocupou foi ter acreditado, diante a minha desinformação, que tal proposta estaria de fato presente no projeto.


E assim o país segue na contramão da segurança viária, afrouxando leis e desconsiderando o exemplo de países que conseguiram alcançar reduções consideráveis nos números de mortes no trânsito. Metas alcançadas a partir de muito estudo e de dados científicos comprovados, não de “achismos”, populismos ou senso comum. Diferentemente do meu café batido, aqui nesse “experimento” são vidas que estaremos jogando pelo ralo.



 

Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!


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