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QUEM DIRIA QUE A MOBILIDADE DO FUTURO PODERIA CAUSAR ENJOO?

Quem diria que a mobilidade do futuro poderia causar enjoo?


Quem é que não gosta de se movimentar com praticidade e agilidade? É para isso que alguns meios de transporte foram inventados e evoluíram tanto em nossa sociedade. Ainda que tenha havido alguma resistência no início, me parece que os carros elétricos vieram pra ficar. Mesmo que alguns contratempos ainda não tenham sido completamente resolvidos, principalmente aqueles relacionados às baterias e ao processo de carregamento, o futuro da indústria automobilística parece a cada dia mais inclinado à substituição dos motores à combustão interna.


Entretanto, recentemente li uma notícia que achei no mínimo curiosa: que muitas pessoas estão queixando-se de enjoo quando utilizam veículos elétricos. Isso ocorre por uma confusão sensorial no cérebro, que recebe sinais conflitantes entre a visão (que não prevê o movimento devido à falta de som e vibrações) e o ouvido interno/corpo (que sente a aceleração imediata e a frenagem regenerativa sem os estímulos habituais). A ausência de ruído e trepidação, comum em carros a combustão, e o uso de dispositivos como celulares agravam essa sensação. Soluções incluem usar ruídos artificiais, focar no exterior do veículo e, em alguns casos, usar um som constante antes da viagem para estimular o sistema vestibular.

Hoje, além dos que podemos ver nas ruas, como carros, ônibus, motos e bicicletas, temos meios de transporte utilizados dentro das construções, como elevadores e escadas rolantes. É interessante pensar em como essa evolução pode parecer desconfortável para algumas pessoas. Fiquei aqui imaginando como teria sido a primeira vez que uma escada rolante ou um elevador foram utilizados...


Talvez alguém, no início do século passado, ao subir em uma escada rolante pela primeira vez, tenha sentido a mesma vertigem que hoje sentimos em um carro elétrico silencioso. Quem sabe até pensou: “Isso não vai pegar, prefiro minhas pernas mesmo, são mais confiáveis.” No fundo, a história da mobilidade parece sempre repetir o mesmo roteiro: primeiro, a estranheza; depois, a adaptação; por fim, a vida seguindo tão naturalmente que mal conseguimos imaginar como era antes. Talvez daqui a algumas décadas alguém leia que um dia existiram motoristas enjoados em veículos elétricos e ache essa curiosidade tão pitoresca quanto nós achamos engraçado imaginar o susto de quem pegou o primeiro elevador - que por sinal é considerado o meio de transporte mais seguro do mundo.



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