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POR QUE A BLACK FRIDAY SE CHAMA ASSIM? ENTENDA A ORIGEM LIGADA AO TRÂNSITO

Por que a Black Friday se chama assim? Entenda a origem ligada ao trânsito
Trânsito em uma Black Friday da década de 1960


A mania chegou ao Brasil. Basta novembro começar que as vitrines se vestem de preto, as lojas anunciam “ofertas imperdíveis” e o comércio se prepara para aquele que promete ser o dia das grandes promoções: a Black Friday. Uma celebração que, convenhamos, não faz tanto sentido por aqui — afinal, os descontos nem sempre são tão generosos quanto parecem e, culturalmente, não temos qualquer ligação com o Dia de Ação de Graças, que acontece na véspera. Ainda assim, se aparecer um bom negócio, ninguém é de ferro.


Mas o que pouca gente sabe é que toda essa festa da gastança nasceu de algo bem diferente do que se imagina. A Black Friday, antes de ser o paraíso do consumo, foi o pesadelo do trânsito. Sim, o trânsito — aquele mesmo que, hoje, segue testando a paciência e a empatia urbana de milhões de pessoas pelo mundo.

Tudo começou na Filadélfia, na década de 1960. Na sexta-feira que seguia o feriado de Ação de Graças, multidões saíam às ruas para aproveitar o feriadão prolongado e, claro, iniciar as compras de Natal. O resultado? Um caos completo: ruas congestionadas, calçadas lotadas, e policiais tendo de trabalhar dobrado para tentar organizar a bagunça. Foi aí que eles começaram a chamar aquele dia de Black Friday (e o sábado seguinte de Black Saturday).

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Na época, o termo “Black Friday” tinha uma conotação negativa, como outros dias marcados por tragédias — algo como uma “sexta negra” de muito trabalho e confusão. Os comerciantes, incomodados com a má fama, decidiram mudar a narrativa. Com ajuda da prefeitura e da imprensa local, criaram uma estratégia para transformar o caos em oportunidade: decoraram o centro da cidade, ampliaram estacionamentos e reforçaram a segurança para melhorar o fluxo de pessoas e veículos. Tentaram até emplacar um novo nome, “Big Friday”, mas isso não pegou.

O que pegou mesmo foi o resultado. As vendas aumentaram, o público voltou a ocupar as ruas e, aos poucos, o termo “Black Friday” foi ganhando outro significado — o de saldo positivo nos balanços financeiros, já que, nos Estados Unidos, escrever em preto indicava lucro (como o “azul” nos balanços brasileiros).

Na década de 1970, a ideia se espalhou pelo país e, com o tempo, pelo mundo. A Black Friday deixou de ser um problema urbano e virou um evento de marketing global, um símbolo de consumo e de como a cidade e o comércio podem transformar o caos em oportunidade.

Talvez valha lembrar disso na próxima vez que estivermos presos em um engarrafamento: até o trânsito pode dar origem a uma tradição — ainda que movida mais pelo desejo de comprar do que de compreender a mobilidade que nos conduz.



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