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DIREÇÃO DEFENSIVA E A FÉ QUE MOVE MONTANHAS (DE METAL)

DIREÇÃO DEFENSIVA E A FÉ QUE MOVE MONTANHAS (DE METAL)


O que é a fé? Muitos a associam à religião, como a confiança em Deus ou em forças espirituais que nos sustentam diante do incerto. Filósofos, por sua vez, já definiram fé como a capacidade humana de acreditar sem provas absolutas, de dar o chamado “salto” além da razão. Já a psicologia costuma relacioná-la à esperança e à confiança que nos impulsionam, mesmo quando não temos garantias concretas.


No entanto, a fé também se manifesta no cotidiano, de formas tão comuns que às vezes nem percebemos. É fé entrar em um avião e acreditar que pousará em segurança. É fé comer algo no restaurante confiando que não fará mal. É fé sair de casa todos os dias e acreditar que voltaremos.

E talvez um dos maiores atos de fé do ser humano seja viver em cidades. Afinal, sobreviver em espaços urbanos significa confiar que milhares de pessoas, diariamente, conduzirão máquinas de mais de uma tonelada, cheias de líquido inflamável, em velocidades sobre-humanas — e que todas elas seguirão minimamente as leis.

No fundo, o trânsito é uma grande rede de confiança silenciosa. Confiamos que o semáforo vermelho será respeitado, que o carro à frente freará a tempo, que o ônibus manterá sua rota, que o motociclista conseguirá desviar dos buracos sem cair. São pactos invisíveis, quase nunca ditos em voz alta, mas que sustentam a vida em movimento.

Essa confiança, porém, é frágil. Basta um único elo se romper — um motorista distraído, alguém apressado demais, um pedestre que calcula mal o tempo — para que toda a teia se rompa em segundos. É nesse ponto que a fé e o medo se encontram: acreditamos no outro, mas sabemos que basta um descuido para que o destino mude de forma irreversível.

Talvez por isso o trânsito seja, ao mesmo tempo, fascinante e assustador. Ele nos obriga a acreditar em desconhecidos, a confiar em pessoas que nunca veremos novamente. É um exercício diário de entrega e vulnerabilidade. E, se olharmos bem, também é um convite à empatia: afinal, se eu dependo da atenção e do cuidado do outro para chegar vivo em casa, o mínimo que posso fazer é retribuir essa confiança.


Dirigir, atravessar uma rua, pegar um ônibus ou uma bicicleta — nada disso é banal. São atos cotidianos carregados de fé. Fé no humano. Fé de que, apesar dos erros e das falhas, ainda conseguimos manter um pacto mínimo de cuidado uns com os outros.

E é justamente para que esse pacto de fé não seja quebrado que a direção defensiva se torna fundamental. Mais do que uma técnica, ela é uma postura de responsabilidade: antecipar riscos, agir com prudência e enxergar no outro não um adversário no trânsito, mas alguém que também deseja chegar em segurança.

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