Vale a pena fazer de conta para não conviver diariamente com palhaçadas como atrasos, superlotação e veículos estragados?

Quando a tecnologia permite que comboios coordenados digitalmente circulem, o que acontecerá com os ônibus articulados?

Em nossas ruas, que tipo de risco estamos mesmo dispostos a gerenciar?

A capacidade de distinguir quem age corretamente de quem insiste em não aprender e merece punição talvez seja o mais urgente — nas rodovias, nos escritórios e nas lideranças.

No céu, não aceitamos negligência. No asfalto, parece que sim.

Uma tentativa mal planejada de inovar pode, paradoxalmente, acelerar a fragmentação do sistema de transporte urbano.

Imagine poder economizar metade do que se gasta hoje com sinistros de trânsito. É exatamente isso que um novo aplicativo de celular promete fazer.

O problema não está apenas na linguagem usada, mas naquilo que ela escancara — e que preferimos não ver e silenciar.

O que realmente nos apavora não é que os robôs comecem a mentir para nós, mas que eles sejam honestos demais e revelem que quem vive mentindo para si mesmo somos nós.