Recentemente, compartilhei um artigo que, embora antigo, traz um sentimento que segue atual: EU JAMAIS TERIA UM SUV. E VOCÊ?. Conversando em um grupo de amigos sobre esse artigo, um deles se mostrou contrário aos argumentos por mim trazidos. Disse ter comprado há pouco tempo um SUV e não ter notado tanta diferença no que diz respeito ao consumo nem à manutenção, IPVA ou ao seguro, comparando com seu antigo hatch 1.6. Mas, diante dos argumentos que trouxe durante aquela conversa, resolvi seguir o conselho desse amigo que, tomado por um repentino sentimento de culpa, disse: “se eu fosse tu eu editava esse artigo, teus argumentos agora estão bem melhores que aqueles…” (risos)!
O Portal Autos Papos traz nesse interessante artigo 6 razões para não comprar um SUV, sendo:
Os SUVs têm menos estabilidade;
Os SUVs consomem mais combustível e poluem mais;
Os SUVs matam mais;
Os SUVs são difíceis de manobrar;
Os SUVs têm menos agilidade;
Os SUVs grandes pioram o trânsito.
Não pretendo me ater a cada um desses, apenas àqueles que utilizei como argumentos para o já citado debate. Na ocasião, esse amigo comparou o consumo do seu SUV ao seu antigo hatch. Segundo ele, gastava em torno de um tanque por mês com o hatch 1.6, consumo que passou para aproximadamente 3 semanas com seu novo SUV. Além disso, havia voltado há pouco de uma viagem na qual pegou um trecho considerável de estrada de chão, o qual disse pouco ter sentido em função do conforto do SUV.
Comecemos pelo primeiro argumento: Os SUVs consomem mais combustível e poluem mais. O aumento de consumo para o meu amigo pode parecer insignificante, mas representa um aumento de 1/4 ou 25% na verdade. Agora, imagine um aumento de 25% na emissão de gases poluentes na atmosfera. Consequentemente, imagine o aumento de 25% dos casos de doenças respiratórias e o mesmo aumento nos índices de internação.
Além disso, os SUVs grandes pioram o trânsito. Claro que nem todos os modelos têm um tamanho significativamente maior que o de um carro normal, porém alguns justificam o exagero da analogia a seguir. Imagine que a família Prado faz anualmente um encontro com todos os seus membros. Para ajudar a transportar alguns dos familiares de forma segura e confortável, seu José Prado decide então comprar um ônibus. Mas ele pensa que todo aquele investimento para ser utilizado apenas uma vez por ano não se justificaria, então ele decide utilizar o veículo também para seus deslocamentos diários. Imagine o transtorno para ele e, principalmente para o resto da cidade…
Eu gosto muito de tomar banho de piscina, por exemplo. Mas num estado como o Rio Grande do Sul que, comparado ao restante do país, tem um inverno longo e rigoroso, não acho viável manter uma piscina durante o ano todo para usá-la apenas por 3 ou 4 meses. É óbvio que isso não me impede de pagar um clube quando quiser usar uma piscina. E aqui está um ponto que talvez não tenha ficado claro no primeiro artigo: Eu disse que jamais teria um SUV, não que jamais usaria um…
No último réveillon, viajei até o litoral catarinense dirigindo um SUV alugado. A maravilhosa viagem de aproximadamente 400km, devido ao motor de 2,5, ao câmbio automático e ao sistema de cruze control, pareceu não ter sido muito além do que até um bairro vizinho. Mas, novamente, quero deixar claro que não há aqui nenhum juízo de valor. Talvez para alguém que more em Teresina uma piscina seja não apenas um luxo, mas uma necessidade básica. Não posso ser demagogo ou hipócrita à ponto de negar que um bainho de piscina volta e meia tem o seu valor!
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