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- CARROS E SEUS NOMES HUMANOS. HUMANOS E SEUS NOMES DE CARRO.
Como já abordei em outro artigo , o carro é construído como um prolongamento dos corpos dos homens. Além disso, parece ser um prolongamento de seus sentimentos, suas vontades e seus gostos. Esse prolongamento sugere um processo de transformação dos corpos que nos faz, consequentemente, retomar a nossa relação com a máquina, sobre a nossa potência a partir da máquina e sobre a máquina que agrega características humanas. Além do tuning , há várias formas de personalizar um veículo e, assim, humanizá-lo. A primeira e talvez mais corriqueira começa muito antes da sua aquisição, do seu lançamento e até mesmo antes da conclusão do projeto do modelo: a escolha do seu nome. O “batismo” de um automóvel (por assim dizer) é um processo que ocorre durante o desenvolvimento do seu projeto e envolve equipes compostas por publicitários, executivos, desenhistas e engenheiros. O principal desafio é encontrar o nome que reflita a personalidade do carro – como se eles de fato tivessem uma – ou seja, valores que os possíveis compradores procurem transmitir e/ou vejam em si mesmos. Esses valores podem desde expressar sentimentos como poder ou liberdade, fazerem referências a seres mitológicos, locais turísticos ou paradisíacos e até mesmo pedras raras e preciosas. Nesse processo de humanização do automóvel, não é incomum vermos condutores que dão apelidos carinhosos aos seus “possantes”. Eu mesmo, quando adquiri meu primeiro carro, com o qual tinha uma ambígua relação de amor e ódio, a qual conto nesse artigo , apelidei-o de “ Cascudo “. E assim, ele acaba se tornando praticamente um membro da família. Membro pelo qual somos capazes dos mais diversos sacrifícios, assim como experienciei em Laboratório Subjetivo . E, em se tratando de família, não são raras as ocasiões em que, com a chegada de um novo membro, o pai, avô ou qualquer outro ente querido seja homenageado batizando-se o recém chegado membro com o mesmo nome. Mas e quando a homenagem é voltada para um membro menos usual da família? Não, não me refiro ao tio, sogro nem àquele primo distante… e quando o homenageado é o carro da família? Foi exatamente sobre isso que um artigo publicado há alguns dias no Mob1 tratava: Carros que viraram nome de Gente, é isso mesmo! O artigo em questão trazia uma curiosa lista retirada de um site feito pelo O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Nela é possível encontrar um número considerável de pessoas que foram batizadas com nomes como Belina, Fiorino e até Omega. É impossível ler tal matéria e não pensar no processo de mecanização que abordo em O Efeito Transformers em Trânsito … Sendo assim, caro leitor, se você está em vias de se tornar pai ou mãe, mas ainda não pensou no nome da criança, seu repertório acabou de ser ampliado. Me despeço deixando algumas sugestões que podem ser interessantes: Se menino: Fiat BrUNO Se menina: Ford KAtia Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
- CARRO AUTÔNOMO FAZ MAIS UMA “VÍTIMA FATAL”
Há aproximadamente um ano um fato ocorrido no Arizona pôs em cheque a viabilidade dos carros autônomos, já em testes nas ruas americanas àquela época. A primeira morte por atropelamento envolvendo um veículo da Uber levou a empresa a cancelar temporariamente todos os testes utilizando carros autônomos no Canadá e nos Estados Unidos por mais de seis meses, como explico no artigo HUMANIZAR O TRÂNSITO: SERÁ REALMENTE A SOLUÇÃO? . Eis que no início desse ano uma nova notícia envolvendo carros autônomos da empresa veio a chocar o mundo novamente: CARRO AUTÔNOMO FAZ MAIS UMA “VÍTIMA FATAL”. O mais impressionante nesse caso não se trata do envolvimento de um outro veículo autônomo, mas quem foi a vítima do atropelamento: UM ROBÔ! Essa, muito provavelmente, será a notícia mais inusitadamente futurística que você já leu até hoje. Poderia muito bem ser a sinopse de um filme de ficção científica, no estilo Eu, robô , mas é a mais pura verdade. O incidente ocorreu em Las Vegas durante uma tradicional feira de tecnologia. A “vítima” foi o modelo v4 (imagem a seguir) de uma empresa chamada Promobot. Ele fazia parte de uma série de robôs autônomos criados pela empresa para fins comerciais, que podem ser alugados por uma diária de aproximadamente US$ 2.000 para funções como, por exemplo, promotor, recepcionista, guia de museus, consultor, concierge, dentre outras. Conforme o vídeo abaixo, o robô seguia com um grupo de outros robôs para o evento. Em algum momento do trajeto, ainda não se sabe porque, um deles acabou afastando-se do grupo e aproximando-se da via, por onde trafegava um Tesla Model S da Uber. Após atropelar o robô, o veículo ainda rodou cerca de 50 metros antes de parar. Segundo engenheiros da Promobot, os danos causados pelo acidente são irreparáveis, o que os levou a classificar o atropelamento como fatal. O mais curioso é que não é a primeira vez que robôs da Promobot se envolvem em situações inusitadas como resultado de um comportamento incomum. Em 2016, a empresa russa chamou a atenção do mundo quando um de seus robôs acabou fugindo do centro de pesquisas e causou um congestionamento na cidade de Perm, o que gerou muito temor por parte do público que teme o avanço da inteligência artificial. A fuga do centro de pesquisas também não é o único ato de rebeldia do Promobot. No mesmo ano, o robô acabou “preso” em um ato político no país. Na ocasião, ele estava sendo utilizado por um candidato em campanha para fazer pesquisas de opinião com o público, mas a polícia pediu para que ele fosse recolhido, chegando a fazer menção de algemá-lo. Assim como sugeri em PROCESSO DADOS, LOGO EXISTO , “Se organismos dotados de inteligência artificial têm a capacidade de aprender novos conhecimentos, quem sabe a próxima lição que devemos transmitir a eles seja a de, assim como nós humanos, vez ou outra, infringir algumas leis???” podemos inferir que, sem sombra de dúvidas, os robôs estão a cada dia que passa mais humanos. Você concorda? Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
- TRANSPORTE PÚBLICO: DE QUEM É ESSA CONTA?
Há algum tempo, o ex-prefeito de Porto Alegre, Sr. Nelson Marchezan Júnior, enviou para apreciação da Câmara de Vereadores da cidade um pacote de medidas que visavam o incentivo ao uso transporte público, o qual ficou conhecido como “Projeto Transporte Cidadão” ( saiba mais ). Embora tais medidas não sejam inéditas, pois diversas outras cidades pelo mundo já fazem uso de alguma(s) dela(s), o pacote se mostrou não só inovador, pelo conjunto de medidas que sugeria, como muito polêmico, pois transferia a outros modais a responsabilidade de ajudar a custear o sistema de ônibus da capital gaúcha. Essa é uma lógica não tão bem compreendida e tão pouco aceita por todos. Foi o que pude constatar durante um debate acalorado em um grupo de whatsapp, o qual se propõe a discutir a mobilidade local. Ainda que estivesse de férias, tentei acompanhar a discussão por ter interesse no assunto. E despido de qualquer interesse partidário, me pus a debater acerca dos possíveis benefícios do tal pacote. No intuito de elucidar meu ponto de vista a um participante do grupo que se mostrava irredutível, utilizei a seguinte analogia: Como já mencionei em outro artigo , durante dois anos fui síndico do condomínio onde moro. Essa breve experiência me proporcionou um aprendizado enorme no que diz respeito à gestão. Agora, imaginemos que o condomínio seja uma cidade e o síndico seja seu prefeito. Nesse condomínio, existem áreas comuns e equipamentos, como playground, piscina e elevadores, que demandam custos de operação e manutenção que todos devem pagar. Esses custos vêm diluídos na cota condominial de cada morador, mesmo que ele não tenha filhos para utilizar o playground, que ele não utilize a piscina e mesmo que ele more no térreo ou no segundo andar e, por isso, não compense esperar pelo elevador e ele acabe utilizando as escadas mesmo. Entretanto, quando não temos condições para (ou simplesmente não queremos) manter esses custos, simplesmente procuramos um condomínio que não tenha playground, piscina ou elevadores. É obvio que, em se tratando de uma cidade, a situação não é tão simples, pois nem todos tem condições de mudar pra uma outra cidade onde o custo de vida seja menor... não sejamos tão extremos! Mas reflitamos juntos: por que será que pagar por certas "comodidades" no nosso condomínio não nos incomoda tanto quanto pagarmos por comodidades na nossa cidade? Gerir um condomínio, assim como uma cidade, é beneficiar o coletivo em detrimento aos interesses pessoais.
- MAIS RAZÕES PELAS QUAIS EU JAMAIS TERIA UM SUV.
Recentemente, compartilhei um artigo que, embora antigo, traz um sentimento que segue atual: EU JAMAIS TERIA UM SUV. E VOCÊ? . Conversando em um grupo de amigos sobre esse artigo, um deles se mostrou contrário aos argumentos por mim trazidos. Disse ter comprado há pouco tempo um SUV e não ter notado tanta diferença no que diz respeito ao consumo nem à manutenção, IPVA ou ao seguro, comparando com seu antigo hatch 1.6. Mas, diante dos argumentos que trouxe durante aquela conversa, resolvi seguir o conselho desse amigo que, tomado por um repentino sentimento de culpa, disse: “se eu fosse tu eu editava esse artigo, teus argumentos agora estão bem melhores que aqueles…” (risos)! O Portal Autos Papos traz nesse interessante artigo 6 razões para não comprar um SUV , sendo: Os SUVs têm menos estabilidade; Os SUVs consomem mais combustível e poluem mais; Os SUVs matam mais; Os SUVs são difíceis de manobrar; Os SUVs têm menos agilidade; Os SUVs grandes pioram o trânsito. Não pretendo me ater a cada um desses, apenas àqueles que utilizei como argumentos para o já citado debate. Na ocasião, esse amigo comparou o consumo do seu SUV ao seu antigo hatch. Segundo ele, gastava em torno de um tanque por mês com o hatch 1.6, consumo que passou para aproximadamente 3 semanas com seu novo SUV. Além disso, havia voltado há pouco de uma viagem na qual pegou um trecho considerável de estrada de chão, o qual disse pouco ter sentido em função do conforto do SUV. Comecemos pelo primeiro argumento: Os SUVs consomem mais combustível e poluem mais. O aumento de consumo para o meu amigo pode parecer insignificante, mas representa um aumento de 1/4 ou 25% na verdade. Agora, imagine um aumento de 25% na emissão de gases poluentes na atmosfera. Consequentemente, imagine o aumento de 25% dos casos de doenças respiratórias e o mesmo aumento nos índices de internação. Além disso, os SUVs grandes pioram o trânsito. Claro que nem todos os modelos têm um tamanho significativamente maior que o de um carro normal, porém alguns justificam o exagero da analogia a seguir. Imagine que a família Prado faz anualmente um encontro com todos os seus membros. Para ajudar a transportar alguns dos familiares de forma segura e confortável, seu José Prado decide então comprar um ônibus. Mas ele pensa que todo aquele investimento para ser utilizado apenas uma vez por ano não se justificaria, então ele decide utilizar o veículo também para seus deslocamentos diários. Imagine o transtorno para ele e, principalmente para o resto da cidade… Eu gosto muito de tomar banho de piscina, por exemplo. Mas num estado como o Rio Grande do Sul que, comparado ao restante do país, tem um inverno longo e rigoroso, não acho viável manter uma piscina durante o ano todo para usá-la apenas por 3 ou 4 meses. É óbvio que isso não me impede de pagar um clube quando quiser usar uma piscina. E aqui está um ponto que talvez não tenha ficado claro no primeiro artigo: Eu disse que jamais teria um SUV, não que jamais usaria um… No último r éveillon, viajei até o litoral catarinense dirigindo um SUV alugado. A maravilhosa viagem de aproximadamente 400km, devido ao motor de 2,5, ao câmbio automático e ao sistema de c ruze control, pareceu não ter sido muito além do que até um bairro vizinho. Mas, novamente, quero deixar claro que não há aqui nenhum juízo de valor. Talvez para alguém que more em Teresina uma piscina seja não apenas um luxo, mas uma necessidade básica. Não posso ser demagogo ou hipócrita à ponto de negar que um bainho de piscina volta e meia tem o seu valor!
- EU JAMAIS TERIA UM SUV. E VOCÊ?
Existem carros para todo o tipo de público e para todo o tipo de bolso. Não estou aqui para fazer juízo de valor sobre o que é melhor ou pior, pois o que é melhor para mim pode não ser para você. Existe o carro para a família, carro para jovens, carro para mulheres, para o empresário, para o surfista, para o tiozão… enfim, uma infinidade de modelos, cada qual para um público alvo específico. Os veículos utilitários, conhecidos como SUVs (do inglês Sport Utility Vehicle ), são veículos grandes, variações de caminhonetes, geralmente equipados com tração nas quatro rodas, o que confere a eles a capacidade de rodar sobre todo o tipo de terreno ( on- e off-road ). Embora pareçam mais com caminhonetes pelo seu porte avantajado, seu design interior lembram uma “perua”, como são conhecidas no Brasil as SW ( station wagons ), carros de extensa carroceria destinado ao uso familiar. O IPVA, ou Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores, foi criado em 1985 para substituir a então cobrada Taxa Rodoviária Única (TRU), desde o ano de 1969, já que, com a criação dos pedágios, não poderiam ser cobrados dois impostos com a mesma finalidade. O valor arrecadado é dividido meio a meio entre o estado e o município no qual o veículo foi emplacado e pode variar de estado para estado e conforme o valor de mercado do veículo. Em 2016 o deputado Vicentinho Júnior (PR-TO) propôs a PEC 231/16, a qual impactaria diretamente os proprietários de SUVs, pois modificava a atual forma de cobrança do IPVA, passando a considerar o peso do veículo para definir o valor do tributo devido. A ideia era substituir o critério pelo de desgaste causado por cada tipo de veículo, vinculado ao peso do carro. A PEC foi arquivada e os deputados entraram em seus carros (provavelmente SUVs), foram para suas casas e nunca mais falaram do assunto. Não vou entrar aqui novamente na discussão sobre custos de se manter um veículo, sobretudo desse porte, assuntos já abordados em artigos como O RITO DE PASSAGEM (de ônibus!) e em RECEITA DEFINITIVA PARA EMAGRECER: COMPRE UM CARRO! . Nem tão pouco me ater a questões ambientais, de consumo consciente de combustível e poluição… Como falei no início, não quero fazer juízo de valor. Não estou aqui para julgar o que é certo ou errado, mas trazer algum subsídio para uma rápida reflexão. A final, tenho meus princípios. Você pode até tentar me convencer do contrário nos comentários abaixo, mas, no que diz respeito a carros e mulheres, ainda prefiro os modelos compactos… Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
- COMO “HUMANIZAR” O TRÂNSITO PARA CONDUTORES RECÉM-HABILITADOS
Imagem: GauchaZH Existem diferentes tipos de pessoas e, por esse motivo, diferentes formas de aprendizagem. O processo de formação de novos condutores, inegavelmente, evoluiu muito ao longo dos últimos anos no país. Nem por isso quer dizer que ainda não tenha o que ser melhorado. Prova disso são os incontáveis casos de condutores recém habilitados que não se sentem seguros para conduzirem seus veículos. Como forma de driblar o nervosismo que a acometia a cada vez que seu carro apagava e tentar despertar empatia nos demais condutores, evitando assim buzinas e xingamentos, a estudante de Psicologia de Caxias do Sul (RS) decidiu colar uma placa na traseira do seu carro com a mensagem “ Recém Habilitada “. Embora inusitada, a prática não é nenhuma novidade. Não é raro nos depararmos com placas semelhantes pela internet, às vezes até bem mais singelas, muitas vezes feitas até à mão. Tanto é que, em meados de 2018, a Deputada Federal Christiane de Souza Yared (PL-PR) propôs em um PL (Projeto de Lei) tornar obrigatória uma placa que identificasse veículos dirigidos por condutores com habilitação provisória, a chamada PPD (Permissão para Dirigir). No entanto, o que me chamou a atenção foi a frase em letras menores colocada logo abaixo da advertência em letras garrafais: “ Tenha paciência, se eu ficar nervosa o carro morre! “. É evidente que o termo morre na frase tem a conotação de apagar, desligar. Mesmo assim, me pus a pensar nela num sentido denotativo, ou seja literal, por pura curiosidade semântica. Obviamente que, em se tratando de um objeto inanimado, o carro não morreria literalmente. A menos que refletíssemos mais profundamente sobre o que ele (o carro) representa socialmente. Assunto que já venho estudando e escrevendo desde o Efeito Transformers em Trânsito , no qual exponho o fenômeno da humanização da máquina e a mecanização do humano. Diante dessa breve reflexão, fico a me questionar o quanto a vida, não a do carro, mas do condutor (e mesmo as dos demais ocupantes do veículo) seria capaz de gerar a mesma empatia aos demais condutores. É claro, que para quem lê a placa de advertência colada na traseira do veículo, fica evidente se tratar de um apelo do condutor, de uma súplica por paciência diante da sua inexperiência e falta de habilidade, já que ser habilitado não significa necessariamente ser habilidoso. Mas o erro é algo eminentemente humano, ao qual todos estamos sujeitos, seja experiente, seja habilidoso ou não. Então será mesmo preciso a instalação de uma placa no nosso veículo para que sejamos dignos de paciência e compreensão para com os nossos erros no trânsito? Em outro artigo eu já questionei se HUMANIZAR O TRÂNSITO: SERÁ REALMENTE A SOLUÇÃO? , por entender que o ser humano não é, nem de longe, medida para tolerância, empatia ou civilidade. Ou estarei eu sendo demasiadamente pessimista com a nossa espécie? Talvez ainda tenhamos a capacidade de, um dia, nos comportarmos no trânsito de uma forma digna de podermos adotar o termo “trânsito humanizado” não só no sentido conotativo, mas também no denotativo. Desde que o carro não “morra”, é claro! Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
- AS MÁQUINAS VÃO A JULGAMENTO
Pela primeira vez na história uma inteligência artificial será usada em um tribunal para defender um réu acusado de infringir leis de trânsito. A startup de consultoria jurídica, DoNotPay, utiliza inteligência artificial e acaba de anunciar sua IA como “o primeiro robô advogado do mundo”. No julgamento, que ocorrerá no próximo mês de fevereiro, a IA irá ouvir toda a acusação e depois, através de um ponto eletrônico, irá dizer exatamente o que o réu deve falar perante o juiz. De acordo com a empresa, o método empregado pelo software é capaz de vencer maioria dos casos, no entanto, caso o cliente da empresa não vença o processo, a DoNotPay garantiu que pagará a multa aplicada pelo departamento responsável pela regulamentação e fiscalização do trânsito nos Estados Unidos. Essa não é, no entanto, a primeira vez que as máquinas vão à corte. Se lembra do Watson da IBM? Pesquisas apontam que escritórios dotados desse "motor cognitivo" têm uma taxa de preenchimento correto dos dados em processos de 95% com o uso da tecnologia de Machine Learning , frente à 75% quando o trabalho é feito por humanos. É algo já bastante aceito o fato de que a maior parte dos sinistros de trânsito são causados por falha humana. Boa parte deles por falhas de julgamento. O psicólogo e economista israelense-americano, Daniel Kahneman, em seu livro Ruído: Uma falha no julgamento humano , explica como e por que os seres humanos são tão suscetíveis ao ruído e aos vieses ao fazer escolhas. Talvez isso explique o motivo de tantas pessoas ainda serem contrárias à utilização da Inteligência Artificial na mobilidade. Recentemente, uma notícia (requentada, diga-se de passagem) voltou a circular nas redes sociais e grupos de Whatzapp, trazendo opiniões diversas. É fácil cairmos na tentação de imaginarmos "e se um dia um hacker invadir o sistema de um carro autônomo?" A verdade é que, atualmente, já temos sistemas de gestão semafórica em rede, por exemplo, e nem por isso vemos hackers acessando esses sistemas e abrindo ambos os sinais de cruzamentos para causar acidentes, tal qual vemos nos filmes. Na prática, para causar um acidente nem mesmo é preciso de um hacker. Basta cortar os freios do carro! No entanto, eu não vejo ninguém questionar a utilização desses sistemas semafóricos. Nem mesmo a existência dos veículos, sendo que eles podem, já hoje, ser sabotados de tantas outras maneiras... Ok, Rodrigo! Mas esses sistemas de pilotagem autônoma não são totalmente seguros. - você pode estar pensando. De fato, você tem razão. Não são totalmente seguros AINDA. Não há dúvidas de que o cinto de segurança, por exemplo, seja um equipamento fundamental, com potencial de salvar milhares de vidas. Porém, na sua criação, dificilmente se imaginou na hipótese de que um veículo pudesse cair na água e que algum ocupante pudesse vir a óbito por afogamento, preso justamente pelo próprio cinto de segurança, como já ocorreu em diversas ocasiões. Ainda assim, nunca vi ninguém advogar contra o uso desse dispositivo. Isso por dois motivos bastante óbvios: esses casos representam a exceção e não a regra e, principalmente, por que esse dispositivo não foi projetado para aquele contexto. Desde que a AI têm sido utilizada em veículos autônomos, diversos casos de sinistros - alguns até mesmo fatais - foram relatados. Isso tem feito com que algumas pessoas advoguem veementemente contra a utilização dessa tecnologia, condenando-a sumariamente. Mas não estaremos, assim como o cinto que mata os passageiros afogados, rechaçando-a fora de contexto? Meu principal argumento nesse tribunal chama-se IoT (Internet das Coisas). É fácil nos sentirmos inseguros diante de tecnologias tão novas. Ainda mais quando praticamente colocamos nossa vida nas mãos (ou na direção) de uma máquina equipada simplesmente com um computador de bordo e uma dúzia de sensores e câmeras. Mas e quando a cidade toda for equipada dessa forma? Quando não apenas os veículos estiverem conectados, mas semáforos, placas de sinalização, postes e qualquer outro mobiliário urbano? Quando, mesmo a 500 metros de distância, seu carro já souber que há um pedestre atravessando fora da faixa ou enquanto o sinal está fechado para ele, apenas porque a banca de jornais mais próxima o alertou disso? Enquanto nos preocupamos com o "e se" situações hipotéticas ocorrerem, deixamos de fazer uso de tecnologias que poderiam salvar milhares de vidas e seguimos crendo na "segurança e eficiência" humana, que mata milhões todos os anos. Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
- VOCÊ VIAJARIA NUMA CÁPSULA DO TEMPO?
Viajar no tempo sempre esteve entre os maiores sonhos do imaginário humano. A possibilidade de corrigir erros do passado ou visitar o futuro para conferir o resultado de nossas escolhas no presente há muito tempo é tema de complexas teorizações na área da física, bem como de arrecadações milionárias nas bilheterias hollywoodianas. No entanto, esse antigo sonho pode estar prestes a virar realidade… Mas não vá se animando à toa… a viagem no tempo assim como nós vemos nas telas de cinema, aos moldes “De volta para o futuro”, ainda é uma impossibilidade física (por enquanto). Mas confesso que uma notícia recebida através das redes sociais nessa semana me fez viajar no tempo. O governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, e a empresa HyperloopTT, assinaram nesta terça-feira (19) acordo para um estudo inicial de viabilidade da rota Porto Alegre–Serra para um transporte de altíssima velocidade pelo sistema hyperloop, para passageiros ou cargas. Dependendo do resultado do estudo, que contará com o apoio da UFRGS, o Estado pode ter, no futuro, o primeiro sistema de transporte por cápsulas de altíssima velocidade da América Latina. Mas afinal, o que é esse tal de hyperloop??? Baseado em um conceito apresentado pela primeira vez em 2013 por Elon Musk e uma equipe conjunta da Tesla e da SpaceX, o hyperloop é um sistema de transporte por cápsulas que viajam a altíssimas velocidades por levitação magnética (eliminando o atrito das rodas) no interior de tubos despressurizado (eliminando a resistência do ar), podendo assim chegar a velocidades que podem atingir a casa dos 1.200 km/h, com conforto e segurança superiores à de aviões. O projeto estudará um trajeto que irá de Porto Alegre até a cidade de Caxias do Sul, a segunda mais populosa do Estado. Com 129 km de distância, esse caminho que é percorrido em cerca de 1h40 de carro, caso a tecnologia venha a ser implantada, poderá ser reduzido para cerca de 12 minutos. É aqui que começa a viagem no tempo. Me parece praticamente impossível, diante de uma notícia dessas, não ser, ainda que apenas na imaginação, transportado alguns anos para o futuro. Imaginar como serão as formas de nos deslocarmos, o quanto novas tecnologias, que sequer foram pensadas, que ainda estão por surgir e mudar nosso estilo de vida, encurtar distâncias e mudar nossa forma de nos relacionarmos com as cidades e com nós mesmos… Mas, apesar do discurso progressista do governador Eduardo Leite, que afirmou durante o pronunciamento do acordo: “Aqui, somos demandados pelo passado do Estado, à luz dos feitos e defeitos. Mas para que possamos nos mover no presente em direção ao futuro, temos que agir. Não vivemos do passado, vivemos de futuro.” Ainda assim, é difícil que essa mesma notícia não nos transporte, de forma paradoxal, alguns anos no passado. Que nos faça reviver, de maneira dolorosamente desconfiada, outras tantas soluções que prometiam elevar Porto Alegre à cidade modelo de mobilidade do futuro e que, por diversas vezes, sequer saíram do papel. A primeira (e única) linha de metrô de Porto Alegre, por exemplo, que teve sua implantação em 1985, mesmo ano do meu nascimento. E, desde que eu me entendo por gente, ouço promessas de uma ampliação das linhas do mesmo. Ou a promessa que durante anos, em diversas palestras que ministrei pela cidade, eu mesmo divulguei de uma provável implantação do sistema de BRT (Bus Rapid Transit), o que acabou se limitando apenas aos planos político-partidários. E, mais recentemente, sofremos a lamentável perda do genial inventor Oskar Hans Wolfgang Coester , que faleceu em novembro do último ano. Coester, que poderia ser comparado ao Elon Musk da sua época, foi o responsável pela criação do Aeromovel , que, além dos 1.011 metros implantados e em operação desde 2013, atualmente ligando o Aeroporto Salgado filho à Estação do Trem, deixou de legado à cidade uma tecnologia incrivelmente inovadora e 100% brasileira. Tecnologia a qual faz a nós, porto-alegrenses, sentirmos um misto de extremo orgulho com uma pitada de decepção todas as vezes que passamos diante à linha piloto, com aproximadamente 1 km, na Avenida Loureiro da Silva, implantada em 1986 e abandonada alguns anos depois. São exemplos como esse último que nos fazem entender na prática o significado da máxima “ santo de casa não faz milagre “… Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
- PLACEBO VEICULAR
Há alguns dias, meu carro tem "engasgado" nas retomadas. Em função da perda significativa de potência e, principalmente, do meu parco conhecimento em mecânica, recorri ao bom e velho Google para encontrar uma possível causa. Diante de uma lista imensa de possíveis motivos, um deles me pareceu o mais plausível: sujeira nos bicos injetores. De posse de um possível diagnóstico, passei a procurar por soluções alternativas. Foi quando encontrei diversos vídeos falando sobre a possibilidade de utilizar aditivos diretamente no tanque de combustível que realizavam a limpeza dos bicos. Num deles, um rapaz se propõe a testar o aditivo no próprio carro e demonstrar os resultados. Após a aplicação do produto e alguns quilômetros rodados, ele faz um relato no mínimo curioso. Segundo ele, o aditivo resultou numa melhora expressiva no desempenho do motor, ainda que pudesse ser placebo. Nesse momento, minha mente deu uma "bugada". Como poderia um veículo sofrer o efeito placebo? Placebo é um tratamento ou substância que parece um medicamento, mas não tem efeito específico. É usado em pesquisas médicas para avaliar e desenvolver novos medicamentos, procedimentos e terapias. O efeito placebo é o resultado de fatores psicológicos, como a crença do paciente de que está tomando um medicamento ativo. Durante os mais de 10 anos que tenho dedicado ao estudo desse tema, já expus nas minhas escritas diversas formas de humanização do automóvel, como personalizá-lo , batizá-lo , atribuir a ele reações humanas , nutrir relações que mais parecem um casamento , submetê-lo a procedimentos estéticos , destinar a ele significativos espaços de nossas casas , ou até mesmo torná-lo nossa casa ! Mas submetê-lo a testes psicológicos, juro que sequer havia cogitado... Quem sabe, ao invés de aditivos, combustíveis de alta octanagem, limpezas de bico ou de qualquer outros componentes, meu carro não esteja só cansado e, assim como o dono, precisando de umas férias? Vai saber o que se passa naquela cabeça... ou melhor, naquele módulo de controle eletrônico... Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
- E SE NÃO HOUVESSE LEIS?
Hoje venho falar sobre um tema que, embora não seja minha especialidade (e nem um dos meus preferidos), eu já trouxe em outros artigos, como em NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA , por exemplo. Com o surgimento das primeiras sociedades civilizadas, havia a necessidade de estabelecer certas normas que regrassem os usos e costumes da época. Essas normas eram transmitidas geracionalmente de maneira informal, o que abria brechas para que fossem sendo modificadas ao longo dos anos. Foi somente a partir do surgimento da escrita que esse inconveniente foi resolvido e, assim, encontrou-se uma maneira de melhor organizar a sociedade recém-criada. Por isso, logo se passou a registrar, na forma escrita, os códigos de lei. Eles estabeleciam o que cada indivíduo poderia ou não fazer. Eram as leis que determinavam o que era certo e o que era errado. Mas é claro, obedeciam às determinações religiosas e culturais de cada povo. Inicialmente as leis partiam de princípios religiosos e tinham por objetivo legitimar (tornar legal, aceitável) a sociedade tal como ela era. As primeiras leis criadas eram severas e punitivas e não concediam nenhum direito às pessoas, apenas deveres. Por isso, eram conhecidas como lei de talião ou lei do “olho-por-olho e dente-por-dente”, isto é, a punição a um crime era muito parecida com o próprio crime. Nesta época o senso de justiça era muito diferente dos nossos dias. O mais antigo código de leis conhecido foi o Código de Hamurabi, escrito na Babilônia por volta do ano 1700 a.C. Nele, Hamurabi, rei da Babilônia, estabeleceu uma série de definições que visavam não só manter a ordem, mas também homogeneizar a cultura e o comportamento por todo o reino. Exemplo de punição prevista no código: “Se um filho espanca seu pai, deve-se decepar as suas mãos” (Artigo 195). Pouco mais de dois séculos depois, por volta do ano 1447 a.C., por intermédio de Moisés, um profeta hebreu, nasceria um dos mais importantes códigos de leis já escrito: Os Dez Mandamentos, influente até hoje na vida de bilhões de pessoas por todo o mundo. Naquela época, as leis eram talhadas diretamente nas pedras, o que dava a elas um caráter de imutabilidade. Daí advém o termo cláusulas pétreas , que são limitações materiais ao poder de reforma da constituição de um Estado. Desta maneira, são dispositivos que não podem ser alterados, nem por meio de emenda constitucional (no Brasil, PEC). Muito embora não seja um dos temas pelo qual eu tenha mais afeição, o que me instigou a escrever sobre ele foi um breve, porém provocante vídeo postado nas redes sociais pela querida colega Valéria Penatti, de Piracicaba/SP. Apesar de passados quase 4 mil anos desde os primeiros códigos de leis que se tem conhecimento, uma coisa fica irrefutavelmente aparente: com tudo em que a nossa sociedade já evoluiu, ainda temos uma imensa dificuldade para cumprir muitas das leis criadas. E isso pode ser devido a diversos fatores, dentre eles podem estar a ânsia por legislar para quase tudo, como citado em NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA ; a imutabilidade de alguma leis, que acabam tornando-se obsoletas diante dos avanços sociais e tecnológicos cada vez mais rápidos; ou até mesmo pela falta de uma imutabilidade para certos casos, como temos acompanhado ultimamente no nosso CTB através do show de resoluções, um tal de aprova, revoga, assina, cancela, marca, desmarca, remarca… como já mencionei em O BODE NA SALA DA FAMÍLIA MERCOSUL . Quem sabe devêssemos ter também no CTB, assim como na Constituição, algumas cláusulas pétreas ??? Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
- HOMO AUTONOMUS: IMPLICAÇÕES DOS AUTOMATISMOS NO TRÂNSITO
De forma muito semelhante à rotina que já expus uma vez em ESTÁ PRONTO PARA DEIXAR SUA CASA NAS MÃOS DE UM ROBÔ? , o empreendedor digital Alexandre Adoglio aborda em uma interessante fábula , em uma realidade não muito distante, a futurística rotina de André em um mundo em que a automação e a digitalização estão acima de tudo – e a inteligência artificial acima de todos. Essa instigante história onde o personagem principal é a todo o momento lembrado digitalmente de tarefas do seu dia, aniversário de parentes, compromissos de trabalho e até encontros com um crush , tudo via conexões neurais através de um chip implantado no seu cortéx, nos faz pensar o quanto disso já não vivemos, em certa medida, nos dias de hoje. Além de quanto tempo levará para vivermos vidas assim (se é que chegaremos lá) e, principalmente, as implicações disso para as mais diversas áreas, como saúde, profissão, relacionamentos e, obviamente, a mobilidade. Toda essa reflexão me fez lembrar de uma postagem recente no meu Instagram, que retrata de forma bem humorada uma situação que, muito provavelmente, muitos de nós já passamos: Com o nível tecnológico ilustrado na fábula, situações como essas dificilmente se repetirão no futuro. Esse é o típico automatismo de quem, certamente, não é acostumado a utilizar o carro com frequência e que, de forma até certo ponto contraditória, a própria tecnologia tenderá a nos livrar num futuro breve. Mas e quando o automatismo se dá na situação inversa? Eu, por exemplo, quando era acostumado a usar o carro diariamente, por diversas vezes pela janela do ônibus ou até mesmo caminhando, ao invés de olhar para trás, já me flagrei procurando o retrovisor! Isso já aconteceu com você? A verdade é que o cérebro humano precisa de certos automatismos por pura e simples economia de energia. Imagine a quantidade de energia que seria necessária apenas para o ato de dirigir, por exemplo, se cada a vez que você o fizesse tivesse que pensar e refletir longamente sobre cada passo, desde o melhor ajuste dos espelhos e bancos, até virar a chave na ignição e o funcionamento dos pedais. Muito provavelmente, quem dirige com certa frequência o faz de forma intuitiva, e, chegando ao seu destino, não lembra quantas vezes freou, quantas vezes parou no sinal vermelho e, muitas vezes, não lembra nem se parou! No entanto, entre o total e consciente controle metal e a mais involuntária e eficiente automação tecnológica, a exemplo do cidadão a baixo, ainda sigo o bom e velho ensinamento aristotélico, que diz: “ A virtude consiste em saber encontrar o meio-termo entre dois extremos. ” Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
- BICICLETA COMO TRANSPORTE DIÁRIO: POSSIBILIDADE OU LOUCURA?
Há alguns dias conversava via mensagens com um amigo que está morando há aproximadamente dois anos em Portugal. Tentando não me alongar demasiadamente na resposta, tentei ser sucinto ao resumir nossa situação aqui depois de alguns meses sem conversarmos: “…sigo enlouquecido com o condomínio (na condição de síndico), a Isa (filha mais nova) tá com catapora, a Mari (filha mais velha) colocou aparelho nos dentes e a Bruna (esposa), como sempre, de dieta…(risos)”. Seguidas algumas outras mensagens, achei pertinente informar uma mudança que foi bastante significativa pra mim: “…estou desde setembro sem carro (assim como já havia mencionado em CARRO QUE MUITO SE AUSENTA, UMA HORA DEIXA DE FAZER FALTA ). Tenho ido trabalhar de bicicleta.” Me senti super “europeu” depois de dizer aquilo. Esperando uma resposta positiva, sobretudo vinda de alguém que está há quase dois anos morando lá, fui surpreendido com um espantoso “TU TÁ MALUCO!” Aquela conversa me levou a refletir algumas coisas. Eu tinha uma bicicleta guardada há anos. Nada de muito sofisticado… bem pelo contrário! Daquelas bem simples, compradas no Walmart, o que não me trazia segurança para usá-la diariamente, muito embora já tivesse experimentado ir pro trabalho com ela algumas outras vezes. Recentemente, fiz uma reforma geral nela, na qual gastei em torno de R$ 600, mas fiquei com uma bicicleta praticamente nova. Se fosse “investir” esse valor num veículo eu dificilmente trocaria mais que dois pneus, ou abasteceria o suficiente para rodar uns dois meses… Minha esposa, quando ficou sabendo do valor da reforma, vociferou um “Ah! Mas que caro…”. O fato é que, só com o que economizei de garagem nesses meses sem carro a reforma da bicicleta já se pagou. Usando o carro praticamente só aos finais de semana já gastava em torno de dois tanques por mês. Lá se vão mais no mínimo R$ 350 por mês… Isso sem contar os demais custos de se manter um carro, já citados em RECEITA DEFINITIVA PARA EMAGRECER: COMPRE UM CARRO! . Obviamente nem tudo pode ser feito de bicicleta. Às vezes, inevitavelmente, precisamos de um carro. Para os casos mais diários e corriqueiros, os aplicativos como Uber e 99 têm se mostrado bastante eficazes. Com esses, tenho gasto em média R$ 150/200 por mês. Para viagens mais longas, simplesmente alugo um carro, o modelo que eu bem entender e pelo tempo que eu precisar. Bem, creio que a economia, no que tange à bicicleta, seja ponto pacífico. Hoje mesmo voltei da oficina por ter que trocar uma câmara furada e, por isso, gastei o “absurdo” valor de R$ 27. Assim como questões relacionadas à saúde e qualidade de vida. É evidente que o ato de dirigir é um convite à inércia, ao sedentarismo. Ao pedalar, além de estar me exercitando, economizando, posso desfrutar de imagens como essa acima, do pôr do sol mais lindo do mundo. Poderia você viver dessa forma? Ou também acharia loucura? Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro! Ajude esse espaço a crescer!



















