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Era uma vez uma cidade chamada Caoslândia, onde o trânsito parecia ser a principal atração turística. Não que alguém realmente quisesse visitar, mas era impossível evitar. A cada esquina, havia uma surpresa esperando por você: engarrafamentos monumentais, motoristas impacientes, buzinas estridentes e semáforos que pareciam se divertir em mudar para o vermelho assim que você se aproximava.
Naquela manhã, eu acordei com o sol brilhando no horizonte, otimista de que finalmente teria uma viagem tranquila até o trabalho. Ri sozinho só de pensar nisso.
Entrei no meu carro, um veículo modesto que já havia sobrevivido a mais engarrafamentos do que eu poderia contar. Coloquei o cinto de segurança, respirei fundo e parti em direção ao meu destino.
Logo na primeira esquina, fui surpreendido por um motorista que decidiu fazer uma conversão proibida. A cena parecia saída de um filme de ação: pneus cantando, buzinas ecoando, e eu ali, no meio do caos, segurando o volante com todas as minhas forças possíveis.
Consegui escapar daquela situação perigosa, mas mal sabia eu que era apenas o começo de uma verdadeira saga. A cada quilômetro percorrido, encontrava obstáculos cada vez mais surreais.
Havia os motociclistas kamikazes, que costumavam fazer malabarismos nas ruas, entre os carros, como se estivessem participando de um circo sobre rodas. Os pedestres também tinham suas próprias estratégias, atravessando as vias sem a menor preocupação com os semáforos ou com a própria segurança.
E não podemos esquecer dos ônibus, verdadeiros gigantes das ruas, que pareciam ter uma missão secreta de bloquear todas as faixas possíveis. Eu os via como os vilões da história, sempre prontos para estragar o meu dia.
A medida que o tempo passava, o meu humor ia se deteriorando. Dei-me conta de que o trânsito de Caoslândia, era um poderoso vilão que roubava a minha alegria e a minha paciência.
Mas, então, aconteceu algo inesperado. Enquanto eu esperava na fila interminável de carros, vi uma senhora idosa, com os braços cheios de sacolas, tentando atravessar a rua, na faixa de segurança. Os carros passavam impiedosamente por ela, como se ela fosse invisível.
Decidi que era hora de ser o herói da história. Estacionei, abri a porta do meu carro, desviei dos veículos e corri até a senhora. Ofereci-me para ajudá-la a atravessar e, com um sorriso grato, ela aceitou.
A partir daquele momento, o trânsito de Caoslândia, parecia menos terrível. Enquanto seguíamos pela calçada, a senhora contou-me histórias da cidade e como o trânsito havia mudado ao longo dos anos. Ela mencionou que, embora ainda houvesse seus momentos de caos, as pessoas estavam se tornando mais conscientes e solidárias umas com as outras.
Com o coração leve e a sensação de dever cumprido, voltei para o meu carro e continuei minha jornada. Aos poucos, comecei a notar pequenos atos de gentileza entre os motoristas: alguém cedendo a vez, dando passagem para outro carro, ou até mesmo uma troca de sorrisos, acenos, um polegar levantado.
Aquela senhora havia me mostrado que, mesmo em meio ao trânsito estressante, ainda era possível encontrar momentos de humanidade. Decidi que eu faria a minha parte para tornar o trânsito de Caoslândia um lugar um pouco mais agradável.
Ao invés de xingar e buzinar, passei a ouvir música relaxante enquanto dirigia. Em vez de brigar por uma vaga de estacionamento, dei preferência para aqueles que estavam tentando sair. Mesmo estando na preferencial, ao ver alguém tentando entrar via, abrir espaço e deixar entrar. E, sempre que possível, dei carona a pessoas que estavam indo na mesma direção.
Com o passar do tempo, percebi que essa mudança de atitude estava se espalhando. Os motoristas ao meu redor pareciam mais calmos, as buzinas ficaram menos estridentes e até mesmo os ônibus pareciam ter melhorado suas habilidades de manobra.
E assim, enquanto o sol se punha no horizonte, cheguei ao meu destino com um sorriso no rosto. O trânsito de Caoslândia, ainda tinha seus momentos caóticos, mas agora eu via além disso. Eu via a oportunidade de fazer a diferença, de trazer um pouco de humor e gentileza para aqueles que estavam presos naquelas ruas tumultuadas.
E assim termina a minha aventura (não tão) épica no trânsito de Caoslândia. Uma crônica que começou com frustração, mas que me levou a enxergar o lado humano de uma situação aparentemente caótica. E, quem sabe, talvez um dia Caoslândia, se torne uma cidade onde o trânsito seja tão tranquilo quanto um passeio no parque!
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Muito obrigado a todos! Fiquei em segundo lugar com a crônica acima. Abraços!
,Parabéns, palavras bem colocadas e muito sábias .
Parabéns, um retrato do cotidiano de muitos.
Parabéns pelo talento, uma bela reflexão, tudo que espalhamos retorna a nós...
Parabéns pela sua habilidade de contar histórias e pela mensagem positiva que ela transmite. Espero que continue a escrever e compartilhar suas histórias!