
Ah, as faixas exclusivas para ônibus… Sempre tem aquele motorista que vê uma dessas e já começa a suar frio. "Como assim eu não posso usar essa parte da rua?" – ele brada indignado, como se tivessem acabado de confiscar a garagem da sua casa.
A ideia de que um ônibus transportando dezenas (ou até centenas) de pessoas tenha prioridade sobre um único carro com um motorista e, no máximo, um passageiro, parece uma afronta ao universo dos privilegiados do trânsito. Afinal, o que é mais eficiente: um veículo ocupando espaço para 50, levando 50, ou um veículo ocupando espaço para 5, levando só o motorista e uma garrafa térmica?
"Mas e se o ônibus estiver vazio?", argumentam alguns. E eu pergunto: quando foi a última vez que um carro sozinho esteve cheio? Ou será que esse argumento só vale para quem quer ignorar a lógica e defender o direito sagrado de ficar parado no congestionamen9to com total igualdade?
A verdade é que a faixa exclusiva não rouba espaço dos carros – ela devolve espaço para quem precisa chegar ao destino sem perder metade da vida no trânsito. Mas, se ainda assim você acha injusto, lembre-se: sempre há uma alternativa. Chama-se ônibus. Ou bicicleta. Ou, se preferir, pode continuar no trânsito reclamando… enquanto o ônibus passa reto ao seu lado.
Faixas exclusivas não são vilãs. Elas são como filas preferenciais do trânsito. E reclamar delas é como se indignar porque alguém idoso ou com deficiência entrou primeiro no elevador. Dá para viver sem esse drama, né?
Tem interesse pelo assunto? Gostaria de ler mais textos como esse? Então adquira agora o meu livro!
Comments