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Foto do escritorStefania Alvise

Cidade para crianças e idosos, há uma equidade no espaço possível?




Na vida, do início ao fim passamos por características peculiares e intrínsecas a cada fase do desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos indivíduos. Essas características podem variar de acordo com a idade, experiências e modo de interagir com o mundo em que estão inseridos. Crianças e idosos, em particular, têm necessidades distintas e requerem atenção especial no ambiente de trânsito para garantir sua segurança e inclusão. As cidades, por vezes, podem transmitir uma sensação de exclusão e hostilidade referente as crianças e idosos devido à falta de espaços seguros e propícios para uso e circulação.


Além disso, a redução da convivência nos espaços públicos também afeta os idosos, que muitas vezes se sentem inseguros em sair sozinhos, caminhar nas calçadas ou atravessar as ruas. Essa falta de segurança pode levar a um isolamento social e a uma diminuição da qualidade de vida para os idosos. É necessário repensar o planejamento urbano e considerar a importância de criar espaços públicos seguros, confortáveis e acessíveis para todas as faixas etárias, norteado pelo olhar da criança e do idoso. As crianças podem se sentir desprotegidas e não terem desenvolvido a percepção de risco adequada, enquanto, os idosos podem ter dificuldade em acompanhar o ritmo acelerado e intenso do trânsito. Isso envolve projetar ruas que tenham um conceito de cidades caminháveis com ruas completas para pedestres, com calçadas largas, piso tátil contínuo, áreas verdes, parques infantis com bancos para descanso, tempo semafórico suficiente para a travessia, sinalização e iluminação adequada tornando as vias mais acessíveis e seguras incentivando o convívio harmonioso nos espaços públicos.



A ideia de "ruas completas" é uma abordagem promissora para alcançar a equidade no trânsito, levando em consideração as faixas etárias mais vulneráveis e necessidades de cada indivíduo. Isso requer a colaboração de órgãos públicos, gestores municipais e outros atores relevantes, que devem adotar uma perspectiva geral ao planejar e implementar medidas de mobilidade urbana.


A consideração de crianças e idosos no planejamento urbano exige uma abordagem mais holística e participativa, envolvendo arquitetos e urbanistas, engenheiros de tráfego, pedagogos, psicólogos do trânsito e representantes da comunidade com o objetivo de criar espaços urbanos amigáveis, que promovam a interação social tão característica de uma cidade educadora.


É necessário elaborar políticas públicas voltadas a infância e aos cuidados de idosos no ambiente coletivo. Será que há uma equidade nestes espaços para que crianças e idosos na mobilidade das cidades sobre a perspectiva de suas necessidades?


As políticas de transporte e mobilidade urbana precisam considerar as necessidades específicas de cada grupo demográfico, desde o estágio inicial de planejamento urbano até a sua implementação. Isso implica em avaliar as condições existentes nas vias e identificar as lacunas de segurança e acessibilidade que afetam esses grupos, concomitantemente, a educação para o trânsito como ferramenta de conscientização através de campanhas permanentes com foco no envelhecendo da sociedade e na vulnerabilidade infantil destacando a importância do respeito mútuo, do cumprimento das regras e atenção no trânsito. As tecnologias vêm para auxiliar possibilitando novas perspectivas e soluções inovadoras, que possam beneficiar a todos, por exemplo, sistemas de monitoramento e semáforos inteligentes que são programados para fornecer tempo de travessia adequado para crianças e idosos, recursos como alertas sonoros e luminosos para garantir a segurança de pessoas com deficiência visual e auditiva.


Predispor cidades adequadas para pessoas que possam desfrutar de uma mobilidade ativa, viabilizando uma convivência harmônica onde o respeito e a equidade valorizem os diferentes e as diferenças, teremos uma cidade para todos!



 

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13 Comments

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Stefânia, muito boa abordagem, parabéns, pois os gestores de trânsito das cidades (ainda quando menos populosas), não sei se por falta de conhecimento, ou recursos, ou outro motivo, não aplicam o conteúdo dessa crônica para que a cidade cresça mais harmoniosa. Meus parabéns, sucesso......

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Rated 5 out of 5 stars.

Gostei muito do texto.

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Vini Bona
Vini Bona
Sep 27, 2023
Rated 5 out of 5 stars.

O tema abordado é algo relevante e que não é comentado com frequência. O respeito e a inclusão devem estar em todos os lugares!

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Rated 5 out of 5 stars.

Excelente assunto abordado nesta crônica, um sonho, uma cidade para todos!

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Cezira Araujo
Sep 12, 2023
Rated 5 out of 5 stars.

Parabéns Stefania !! Você é Excelente no que faz. !! Todos nós precisamos de viver numa cidade onde tenha respeito , inclusive no trânsito .

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